Exatamente no dia em que comemora os quatro anos de seu primeiro título de US Open nas duplas masculinas, Bruno Soares voltou a conquistar o Grand Slam norte-americano. Número 2 do Brasil na modalidade, o experiente mineiro de 38 anos triunfou em Nova York ao lado do croata Mate Pavic. Eles venceram a final desta quinta-feira contra o holandês Wesley Koolhof e o croata Nikola Mektic por 7/5 e 6/3 em 1h32.
Este é o segundo título de US Open e o terceiro Grand Slam nas duplas masculinas para Bruno Soares. Em 2016, ele venceu na Austrália e nos Estados Unidos ao lado do britâncio Jamie Murray. O mineiro de Belo Horizonte também tem três títulos de Grand Slam nas duplas mistas, sendo dois deles em Nova York. A primeira conquista foi em 2012 ao lado da canhota russa Ekaterina Makarova. Dois anos depois, venceu ao lado da indiana Sania Mirza. Já em 2016, foi campeão no Australian Open com a russa Elena Vesnina.
O título de Bruno Soares é o 36º Grand Slam do tênis brasileiro, somando todas as categorias. No US Open, o país já contabiliza 14 conquistas. A lendária Maria Esther Bueno tem quatro títulos de simples e mais quatro nas duplas. Entre os juvenis, o paranaense Thiago Wild venceu em simples no ano de 2018 e o paulista Felipe Meligeni Alves nas duplas em 2016. Além disso, o tênis brasileiro tem agora cinco troféus de Slam nas duplas masculinas, já que o também mineiro Marcelo Melo tem títulos de Roland Garros e Wimbledon.
Conquista vale 1.000 pontos no ranking
A disputa nas duplas foi um pouco mais curta no US Open deste ano. A organização do torneio reduziu pela metade o número de jogadores na chave, de 128 para 64. Dessa forma, apenas 32 parcerias disputaram o torneio e foram necessárias cinco vitórias para conquistar o título.
Até por isso, a pontuação no ranking da ATP foi reduzida. Soares e Pavic vão ganhar 1.000 pontos e dividem uma premiação de US$ 400 mil. Os vice-campeões recebem US$ 200 mil e 600 pontos no ranking. Este ano também não houve disputas de duplas mistas e nem da chave juvenil.
Bruno Soares já chegou a ser o segundo melhor duplista do mundo em 2016 e aparece atualmente na 27ª posição. O título em Nova York é o 33º de sua vitoriosa carreira profissional. Ele e Pavic começaram a jogar juntos em junho do ano passado e já haviam vencido o Masters 1000 de Xangai. Parceiro de Bruno Soares, Pavic está com 27 anos e já foi número 1 de duplas em 2018, ano que venceu o Australian Open com o austríaco Oliver Marach. O croata atualmente ocupa o 17º lugar do ranking.
Pressão sobre os rivais desde o início
Com uma grande apresentação nesta quinta-feira, Soares e Pavic começaram muito cedo a pressionar o saque dos adversários. A primeiras chances vieram ainda no início de jogo, no serviço de Koolhof. O holandês teve que escapar de dois games de saque muito longos, salvando um break point. Já o brasileiro e o croata passaram ilesos pelos games de serviço, com apenas seis pontos perdidos. Quando já venciam por 6/5, veio uma nova chance de quebra. Pavic fez um game impecável, pressionando o saque dos rivais e mostrando boa presença na rede. Mas o set foi fechado nas mãos de Bruno Soares, com um ótimo um winner de devolução contra Mektic.
O teto do Arthur Ashe Stadium precisou ser fechado no início do segundo set, tornando as condições de jogo ainda mais velozes. Soares e Pavic continuaram sem ter o serviço ameaçado e já tiveram dois break points logo de cara. A quebra, entretanto, só aconteceria no sexto game, após um belíssimo lob de Pavic para fazer 4/2. Mektic fez um game de serviço impecável quando sua dupla perdia por 5/2, mas coube ao compatriota Mate Pavic também confirmar o saque com maestria para conquistar mais um título de Grand Slam.
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