Postado em: 05/08/2020 |
Cruzeiro, de Enderson Moreira, tem a maior dívida — Foto: Gustavo Aleixo
A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional prorrogou novamente a suspensão dos atos de cobrança de dívidas na União, em função da pandemia causada pela Covid-19. Agora, a validade será até o dia 31 de agosto. Uma decisão que também beneficia os 26 clubes das Séries A e B do Brasileiro que possuem passivos tributários e previdenciários na entidade.
A primeira portaria, publicada em março, teria validade até junho. Em seguida, foi prorrogada para o fim de julho, antes do novo adiamento para agosto. As adequações nas datas acontecem devido ao fato de que o cenário de crise sanitária se mantém no país. Atualmente, o Brasil registra 95.078 mortes pelo novo coronavírus e 2.759.436 casos confirmados.
A suspensão das cobranças foi estabelecida pela Portaria do Ministério da Economia, número 103, e regulamentada pela Portaria PGFN número 7.821. O prazo foi prorrogado pela Portaria PGFN número 18.176, de 30 de julho de 2020.
Apesar da retomada dos campeonatos no mês passado, os clubes ainda buscam se reestruturar financeiramente após quatro meses sofrendo com quedas na arrecadação por conta da suspensão dos jogos. Além disso, as Série A, B e C do Brasileiro estão prestes a começar.
Em meio aos clubes com dívidas na União, o Cruzeiro lidera o ranking de devedores. A Raposa tem R$ 294.628.626 pendentes, o que torna o clube líder também entre as equipes da Segunda Divisão nacional. Logo depois, aparecem Guarani-SP (R$ 151.570.573) e Náutico (R$ 79.686.552).
Neste recorte, destaque para o fato de que Chapecoense e Cuiabá passaram a integrar os registros. Respectivamente, com dívidas de R$ 3.231.685 e R$ 620.368.
Na Série A, o Sport lidera a lista, com valor semelhante ao que registrava no mês passado. São R$ 63.383.053 pendentes. O Rubro-negro, inclusive, recém iniciou uma disputa judicial por conta de dívidas com o volante Rithely. O atleta cobra mais de R$ 20 milhões em pagamentos atrasados. Em seguida na elite, aparecem Vasco (R$ 53.209.915) e Fluminense (R$ 43.066.410).
Na lista, um destaque está nas alterações dos valores do Corinthians. O clube tinha R$ 32 milhões em dívidas em março, saltou para R$ 148 milhões em julho, quando houve a primeira prorrogação, e agora aparece com R$ 5.954.693.
Os números apresentados no sistema Dívida Aberta, da Procuradoria Geral Nacional, não incluem débitos parcelados ou que, por alguma ação, estejam bloqueados.
Os maiores devedores entre as Séries A e B de 2020 (em milhões de Reais)
- 294.6 milhões – Cruzeiro, Série B
- 151.5 milhões – Guarani-SP, Série B
- 79.6 milhões – Náutico, Série B
- 63.3 milhões – Sport, Série A
- 47 milhões – Figueirense, Série B
- 44.6 milhões – Vasco, Série A
- 43 milhões – Fluminense, Série A
- 22 milhões – Santos, Série A
- 18.2 milhões – Coritiba, Série A
- 17.7 milhões – Botafogo, Série A
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- Ranking de dívidas com a União na Série A de 2020 (em R$)
- 63.3 milhões – Sport
- 44.6 milhões – Vasco
- 43 milhões – Fluminense
- 22 milhões – Santos
- 17.7 milhões – Botafogo
- 8.6 milhões – Palmeiras
- 6.8 milhões – Internacional
- 5.9 milhões – Corinthians
- 5.2 milhões – Atlético-MG
- 4.4 milhões – Bahia
- 1.4 milhão – Coritiba
Oito clubes sem dados na consulta: Athletico, RB Bragantino, Ceará, Flamengo, Fortaleza, Goiás, Grêmio e São Paulo.
Ranking de dívidas com a União na Série B de 2020 (em Reais)
- 294.6 milhões – Cruzeiro
- 151.5 milhões – Guarani-SP
- 79.6 milhões – Náutico
- 47 milhões – Figueirense
- 17.1 milhões – Avaí
- 16.4 milhões – Paraná
- 11.6 milhões – Botafogo-SP
- 8.5 milhões – Brasil-RS
- 3.2 milhões - Chapecoense
- 2.7 milhões – Vitória
- 2.3 milhões – Juventude-RS
- 985 mil – Confiança-SE
- 864 mil – Oeste-SP
- 281 mil – Sampaio Corrêa-MA
- 1.4 mil – Ponte Preta
Quatro clubes sem dados na consulta: América-MG, CRB, CSA e Operário-PR.
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