Um US Open silencioso começa nesta segunda-feira em meio a pandemia. O primeiro Grand Slam desde o início da crise de coronavírus acontece em um cenário quase irreconhecível, onde até o árbitro deve sentir falta de dizer “quiet, please” (silêncio, por favor) aos milhares de fãs tagarelas que costumavam lotar o complexo Billie Jean King National Tennis Center.
O torneio será disputado sem torcedores nas arquibancadas, com um número reduzido de atletas e funcionários envolvidos, e esse ano não haverá competição de qualifying e duplas mistas, nem as categorias juvenil e sênior. Mesmo com a proliferação assustadora do vírus na região, a associação americana de tênis (USTA) não mediu esforços para realizar o US Open a todo custo, o único dos quatro Grand Slams que nunca foi cancelado.
Isolados na “bolha” de biossegurança em Nova York há duas semanas, os atletas tentam se acostumar ao “novo normal” sem o tradicional momento de autógrafos nas bolinhas ao final de cada partida. Com tanta coisa diferente para se adaptar, pelo menos algo ainda é constante: o favoritismo de Novak Djokovic.
Único representante da trindade do tênis masculino atual, o sérvio chega ao US Open com o favoritismo ainda mais consolidado após a vitória no Mastrers 1000 de Cincinnatti sobre Milos Raonic no último sábado. Sem Rafael Nadal e Roger Federer pelo caminho, Djokovic precisará desviar de jovens talentos para conquistar seu quarto título no Grand Slam americano, após vencer em 2011, 2015 e 2018.
Além do atual campeão Nadal, o pentacampeão Federer, Gael Monfils e o campeão de 2016 Stan Wawrinka também estão fora do torneio. O suíço está se recuperando de lesão no joelho, enquanto os outros se recusaram a jogar alegando preocupação com viagens e os riscos do coronavírus.
Em busca do recorde de Federer
Sem muitos dos gigantes do tênis, o sérvio de 33 anos precisará se preocupar com estrelas em ascensão. O alemão Alexander Zverev e o grego Stefanos Tsisipas podem cruzar o caminho de Djokovic, enquanto ele precisará ficar de olho em Dominic Thiem e Daniil Medvedev, atuais números 3 e 5 do mundo, do outro lado da chave.
O veterano Andy Murray, que conquistou seu primeiro título de Grand Slam em Nova York em 2012 em uma final épica contra Novak Djokovic, também pode dar trabalho.
Após dar declarações polêmicas sobre a pandemia e de realizar um torneio no leste europeu que virou foco de transmissão de coronavírus entre os tenistas, Djokovic estava em dúvida sobre disputar o US Open. Mas um objetivo na carreira parece tê-lo feito mudar de ideia. A oportunidade de chegar mais perto do recorde de 20 conquistas em Grand Slams de Federer o fez viajar a Nova York em meio à pandemia de COVID-19.
— Eu não posso dizer que essa é a principal razão de eu estar aqui, mas é uma das razões — disse Djokovic ao “New York Times”, acrescentando que ficou muito perto de desistir do US Open assim como outros cabeças de chave.
O sérvio foi um dos atletas a testar positivi para coronavírus após disputar o Adria Tour, torneio beneficente com presença de público que teve a sua final cancelada após o surto da doença. Ele se desculpou pela organização do evento, mas disse não se sentir culpado pelas pessoas que contraíram o vírus.
oglobo.globo.com
Tiago Wild estreia amanhã
Número 113 do mundo a pela primeira vez na chave principal de um Grand Slam, o rondonense Tiago Wild terá um desafio complicado na 1ª rodada. Nesta terça-feira (01), por volta das 15h, Tiago irá encarar o inglês Daniel Evans, número 31 do munfo a cabeça de chave 23 do torneio. Se vencer, Wild irá pegar o ganhador do duelo entre o francês Corentin Moutet e o tcheco Jiry Vesely na 2ª rodada.
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