“Falar de um sonho pode até parecer clichê, mas foi exatamente isso que nos trouxe até aqui. Sonhamos, imaginamos, lutamos e trabalhamos muito por isso, ser campeão da Liga Nacional, algo que parecia distante, quase uma loucura, até bem pouco tempo atrás. Mas com muita vontade e determinação fomos degrau a degrau, milímetro por milímetro, percorrendo o nosso caminho. Hoje podemos dizer com muito orgulho: nós conseguimos! Nunca perdemos a fé em Deus para alcançar os nossos objetivos, e com muito trabalho alcançamos. Somos campeões da Liga Nacional de Futsal, alcançamos algo que parecia impossível. Sou grato ao Presidente Jeferson Zini e ao CEO Pedrinho Muffatto. Parabéns a cada um dos atletas, comissão técnica, diretoria, torcedores, investidores e os fãs que passaram a acompanhar e torcer pelo Cascavel Futsal, pelo que demonstramos dentro da quadra durante a competição. Podemos abrir os olhos e ver tudo que conquistamos. Deus é Fiel! Gratidão! Um feliz Natal e um feliz Ano Novo!”.
Com estas palavras, o supervisor técnico do Cascavel Futsal, Eduardo Santana, definiu o título histórico da Serpente Tricolor na Liga Nacional, conquistada com uma goleada por 6 a 0 sobre o Magnus/ Sorocaba (SP), no último domingo (19), em um ginásio da Neva completamente lotado.
Contratado em agosto para fazer a ‘ponte’ diretoria, comissão técnica e jogadores, Santana voltou ao cenário do futsal depois de um ano e meio ausente, desde o encerramento do projeto da equipe adulta Copagril Futsal, equipe pela qual trabalhou durante 15 temporadas, ou seja, em toda a trajetória do time rondonense na Série Ouro do Campeonato Paranaense, de 2005 a 2019, conquistando três títulos estaduais, em 2009, 2013 e 2016. Foi na Copagril, também que Eduardo teve sua primeira experiência em uma final da Liga, em 2010, quando o time, à época comandado por Marquinhos Xavier, foi superado apenas pela quase imbatível Malwee, de Jaraguá do Sul (SC), na decisão.
“Depois de muitos anos nesta estrada do futsal tive a honra de ser campeão da Liga Nacional junto com o Cascavel Futsal. Em 2010, batemos na trave. Toda a experiência que tive na Copagril me ajudou a ser um profissional melhor e chegar até aqui. Nesta caminhada precisei me aperfeiçoar, fazendo alguns cursos de gestão”, relara Santana, citando, dentre eles, o CBF Academy - Gestão do Futebol; Gestor do Futebol - Desafios de uma Função; Curso de Gestão Futebol - 3 X 1 Lipatim Esporte e Curso de Gestão Técnica no Futebol - Universidade do Futebol.
Gratidão
Com a carreira profissional inevitavelmente ligada a Copagril Futsal, tendo trabalhado com todos os técnicos que dirigiram o time rondonense entre 2005 e 2019 (a lembrar: Eder Melo, Branquinho, Maneca, Baiano, Marquinhos Xavier, PC de Oliveira, Juninho, Paulinho Sananduva, Paulinho Cardoso e Fernando Malafaia), Eduardo Santana faz questão de citar o grande responsável pelo impulso em sua profissão de supervisor técnico de futsal.
“Tudo começou em 3 janeiro de 2005, quando o Kinha (Adolir Weber, então presidente da AACC) me deu a oportunidade de trabalhar na Copagril. Devo tudo isso, primeiramente a Deus, e depois a ele. Em Marechal Rondon foi uma grande história e sou grato por ter vivido esse momento. Começou com o Eder Melo e terminou com o Fernando Malafaia, e muitos dos grandes treinadores do Brasil passaram por aqui. Tenho uma gratidão muito grande pela cidade, pelas pessoas, pela torcida, pela imprensa e a Copagril, por tudo que fez através dos senhores Ricardo Chapla, Elói Podkowa, Marcio Buss, Kinha, Jaime Vilani, Enoir Primon, Junior Niszczak, enfim, todos aqueles que apoiaram o futsal. Sou grato a tudo que conquistei e ao que me proporcionaram, até minha chegada ao Cascavel, foi por aqui que alcancei, com muito trabalho, dedicação e amor pelo que a gente fazia, então serei sempre grato a essa cidade e pelo projeto que a Copagril teve”, recorda Eduardo, acrescentando: “Fico sonhando com o dia que a Copagril puder voltar e fazer uma administração juntamente com o Marechal, ao lado do Cris Bortolon e Dr. Alciney, que estão à frente do projeto hoje. Eles estão no caminho certo, vivendo o dia-a-dia e acredito que vão colher os frutos em breve desse trabalho que estão fazendo. Eles já contam com o Vanildo Neto, que foi auxiliar do Marquinhos Xavier na seleção, isso é importantíssimo não só para o Marechal, mas para o Paraná, um estado que mostra cada vez mais força. Esse ano dois times chegaram na semifinal da Liga Nacional, com o Cascavel campeão”, observa.
‘Brincadeira ficou séria’
O período entre a saída da Copagril e a chegada ao Cascavel foi aproveitado para estudos na área de gestão esportiva, e quando o ‘mundo da bola’ girou, Eduardo Santana se viu preparado para assumir a supervisão do Cascavel, ressaltando que o trabalho a partir de agora será em função de manter a Serpente no topo do futsal brasileiro. “Foi um ano e oito meses estudando, me capacitando. Nunca desacreditei, sempre confiei em Deus que no momento certo eu pudesse voltar a trabalhar. Tem horas que ficamos chateados, pois somos humanos, mas precisamos confiar no que foi feito, no que plantamos, que uma hora poderíamos colher esses frutos. Há muito tempo sou amigo do Pedrinho, do Zini, e a gente já vinha conversando até em brincadeiras ainda no tempo que estava na Copagril, e essa brincadeira acabou se tornando algo sério. Através do Cassiano (Klein, técnico) tive o primeiro contato, e com o Rafa (preparador físico, também ex-Copagril) estando lá, a oportunidade aconteceu. Foi tudo muito rápido, e assim é o mundo da bola. Agradeço a toda a diretoria e a cidade de Cascavel que me acolheram muito bem. Ajudei eles a chegarem nos grandes objetivos, o mérito é muito mais deles do que meu, mas sou grato por estar vivendo tudo isso. Vamos projetar também as categorias de base, ter um time sub-20, inclusive essa é uma das situações pelas quais a diretoria me trouxe para cá, fazer essa estrutura da base, juntamente com parceiros da cidade, e vamos fazer o Cascavel sair do ótimo para a excelência”, finaliza.
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