No momento tão crítico da pandemia em que a capacidade de leitos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na região Macro Oeste do Paraná está no limite e o número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus só aumenta.
No levantamento feito às 9 horas da manhã de ontem (04) pela Central de Acesso à Regulação do Paraná (CARE), havia 109 pacientes esperando um leito nos municípios que integram a Macro Oeste. Naquele momento, apenas cinco vagas estavam disponíveis entre 247 leitos existentes.
A vacinação é considerada a única solução para acabar com a transmissão do vírus. No entanto, as doses da vacina, que chegam de forma parcelada às unidades básicas de saúde, ainda estão longe de resolverem o problema.
Nesse sentido o clínico geral da ala Covid-19 da Unidade Básica de Saúde de Pato Bragado, Gabriel da Silva Fraga (foto) explica que até que a maior parte das pessoas receba as duas doses dos imunizantes, mais do que nunca é de fundamental importância que todos sigam as medidas de prevenção e continuem usando a máscara, higienização das mãos deve ser realizada com água e sabão ou com álcool em gel, além de manter o distanciamento social e os ambientes sempre arejados.
LIGUE ANTES
No caso de apresentar sintomas relacionados à Covid-19, como febre, tosse, fadiga, congestão nasal, coriza, dor de garganta, dor de cabeça, diarreia, cansaço ou dificuldade para respirar, a orientação do médico é de que procure imediatamente o atendimento profissional por intermédio do número (45) 99969-4608.
O referido canal de comunicação é disponibilizado 24 horas pela Secretaria de Saúde de Pato Bragado para que a pessoa relate a sua situação, principalmente os sintomas. “Essa atitude evita que venha à ala Covid-19 e fique exposta ao contato com outras pessoas. Além disso, ela é direcionada da forma correta, por exemplo se é um caso suspeito, ele é orientado a comparecer diretamente a ala Covid, realiza sua consulta e, em seguida, é providenciado o isolamento e a notificação. Mas se não for um caso suspeito, por telefone foi possível evitar o contato com pessoas que podem estar contaminadas”, declara o clínico geral.
DENGUE E COVID-19
A dengue é outra doença viral que apresenta sintomas parecidos com a Covid-19 e o aumento da incidência de casos suspeitos volta a preocupar a Secretaria de Saúde.
O profissional explica que, por vezes, sua equipe também acaba fazendo a investigação das duas doenças. A dengue, segundo ele, apresenta sintomas voltados à dor de cabeça, dores no corpo, manchas e febre, praticamente sem interferência no sistema respiratório. “Mas tanto a Covid pode imitar a dengue, como a dengue pode imitar a Covid. Então é possível ter, por exemplo, casos típicos de dengue com tosse e também dores nas articulações, atrás dos olhos e muscular, e ser Covid-19. Então, infelizmente também ocorrem esses casos específicos em que é preciso investigar as duas doenças”, revela.
Outra situação que acaba prejudicando o tratamento e controle dessas doenças é o medo de ficar em isolamento. Preocupado com esse problema, Fraga aponta que nesse momento as pessoas não devem se preocupar com o isolamento, pois enquanto isso não acontece, correm o grande risco de contaminar as pessoas ao redor, inclusive familiares e no caso de comorbidades na família, o problema se agrava.
JOVENS
Ele faz um apelo aos jovens, já que em torno de 35% das UTIs estão ocupadas por pessoas com menos de 35 anos e que já estão, inclusive, entubadas. “Os jovens por acharem que seus sintomas são leves, imaginam que não tem nada e pensam que não ocorre a necessidade de ficarem em isolamento. Essas pessoas se tornam disseminadores em grande escala da doença. E assim, além do risco que a própria pessoa se expõe, nesse tempo acabam contaminando o colega que vai pra casa e que contamina a mãe, o pai que podem ser hipertensos, diabéticos, com problemas renais ou outras comorbidades”, pontua.
Portanto, conforme o clínico geral da ala Covid-19, nesse momento em que o desespero e o medo de um possível colapso no sistema de saúde são enormes, o isolamento e as medidas de prevenção já mencionadas, são a única solução para barrar o vírus.
assessoria prefeitura de Pato Bragado
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