O futsal sonha com o mecanismo de solidariedade da Fifa, válido para o futebol. A cada transferência internacional de um jogador, o clube formador do atleta tem direito a 5% dos valores envolvidos na transação. Em cumprimento da lei federal nº 9.615, conhecida como Lei Pelé, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), com o apoio das Federações Estaduais, emite o Certificado de Clube Formador (CCF), elaborado para proteger os clubes que investem, tempo e dinheiro, na formação de atletas. Para adquirir o documento, as equipes têm obrigação de cumprir vários requisitos estabelecidos, como estrutura de trabalho, acompanhamento médico, assistência educacional, entre muitos outros estipulados pela CBF.
Em conversa com a reportagem do Fora de Campo, o presidente da Federação Pernambucana de Futsal (FPFS), Luiz Cláudio, revelou que existe uma proposta da Fifa (Federação Internacional de Futebol), juntamente com a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), para regulamentar uma lei de formação para a modalidade.
“Não existe lei de formação no futsal. A lei de formação do primeiro clube formador só tem no futebol. A partir do dia 1º de junho de 2020, pelo menos era como estava previsto, mas não sei se vai mudar algo devido à pandemia, estava programado um registro de todos os atletas do futsal, a partir dos 10 anos de idade, nas Federações Estaduais. No momento em que o atleta se inscreve na Federação Estadual, automaticamente estará inscrito na Confederação Brasileira de Futsal (CBFS) e na CBF. Se isso realmente se regularizar, a partir do dia 1º de junho, o clube de futsal ficaria como primeiro formador”, declarou o mandatário.
O presidente Luiz Cláudio também explicou como funcionaria o mecanismo de solidariedade da Fifa no futsal. “O atleta foi inscrito na Federação Estadual por um determinado clube com 10 anos de idade, aos 14 anos ele vai para um clube de futebol de campo, com 16 anos se profissionaliza e sai para o exterior, então o percentual de clube formador passaria a ser do determinado clube que ele foi inscrito com 10 anos de idade. Mas até o momento não existe regulamentação”, detalhou.
Por Daniel Lima / ligafutsal.com.br
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