O modelo do jogo da seleção com o Peru com transmissão pela TV Brasil não deve se repetir na próxima rodada das eliminatórias. A Globo está mais próxima de um acerto com a Mediapro para aquisição da partida diante do Uruguai, em novembro. E a CBF já decidiu que, independente de a negociação vingar, não comprará novamente direitos para repassar à emissora pública. Há uma longa negociação em torno das partidas fora do Brasil do time brasileiro porque cada seleção é dona dos direitos do seu jogo em casa. A Globo comprou da CBF todas as partidas no país, e o confronto com a Argentina. Mas houve um impasse na negociação de oito jogos com a agência Mediapro.
Assim, no jogo com o Peru, a CBF comprou os direitos e repassou para a TV Brasil. Houve participação do governo federal na conversa. Na transmissão, a seleção virou peça de propaganda para o presidente Jair Bolsonaro. Mas o objetivo da confederação nunca foi comprar direitos de TV de seus jogos. Tanto que a diretoria da CBF esperava um acerto de emissoras privadas antes de anunciar o acordo pouco antes da partida diante do Peru. Agora, dirigentes da confederação até participam das conversas para ajudar um acerto privado.
A Mediapro tinha pedido inicialmente US$ 2,5 milhões por partida da seleção, em um pacote total de US$ 20 milhões. É o mesmo valor que a Globo paga para a CBF. Mas, com a pandemia e a crise econômica, houve revisão de valores na emissora e essa oferta foi considerada alta. Só que a CBF pagou bem menos pelos direitos para a Mediapro que, assim, levava prejuízo. Então, voltaram as conversas com a Globo que se aproximam de um acordo. Há otimismo tanto na emissora carioca quanto na confederação de que haverá um acerto antes do jogo com o Uruguai. O jogo está marcado para 17 de novembro.
Rodrigo Mattos/ uol.com.br
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