- Parece que ofereceram 20 (milhões de dólares, ou R$ 108,8 mi) para o cara, então pedi a metade. Disseram, “Por 10 (milhões) você faz?” Poxa, 10 e uma pequena porcentagem do pay per view, né… Isso aí, os caras fazem essa oferta baseada em estudo, os caras não são loucos. Fazem estudo de mercado e veem a possibilidade de venda, e essa é uma luta que pode se pagar em sabe-se lá quantas vezes - contou Wanderlei Silva em entrevista por telefone.
O confronto ainda não teria uma data para acontecer, mas Wand está pronto para lutar; ele se mantém treinando em sua academia particular, em Curitiba, onde também vem preparando seu filho Thor para um treino-luta de boxe. No Bare Knuckle, as lutas são disputadas sem luvas e sem bandagens nas juntas dos dedos, com regras de boxe modificadas - por exemplo, é permitido golpes no clinche e domínio da nuca, e o ringue é circular, não quadrado.
Wanderlei Silva, 43, não luta desde agosto de 2018 - o que ainda seria muito menos tempo que Tyson, 53, que não entra no ringue desde 2005 - mas acredita estar em ótima fase para retornar aos combates, e se mostrou muito confiante para enfrentar o homem que já foi considerado o peso-pesado mais assustador do planeta.
- Um repórter me perguntou, “Como você acha que seria uma luta com o Tyson?” Eu que te pergunto, como você acha que seria uma luta do Wanderlei Silva contra o Mike Tyson? O que você pode esperar? Eu fiquei muito animado, sabe. Estou me sentindo super bem, estou com 98kg, estou magro, estou me sentindo bem, com uma vitalidade de garoto. Tudo está culminando para isso. Da minha parte, 100% de chance de sair. Só não sai se ele não quiser!
Apesar da oferta, Wanderlei não é o único nome especulado para enfrentar Tyson em seu potencial retorno aos combates. Veículos internacionais já mencionaram Shannon Briggs e Evander Holyfield como candidatos, e até um antigo rival do "Cachorro Louco", Vitor Belfort, já foi cotado nas redes sociais. Mas o ex-campeão do Pride se vê como o candidato ideal para uma luta inesquecível.
- Acho que a minha agressividade, o histórico das minhas lutas, me credenciam para fazer essa luta. É um combate de forças do MMA contra o boxe, nas regras do boxe. Se fosse sem luva, então, era para ser algo histórico. Acho que seria um entretenimento único para o público, porque uma das minhas maiores virtudes é a valentia, é a agressividade. Eu sei que não sou o cara mais técnico do mundo, mas acho que a agressividade supera a técnica, e neste ponto estou de igual para igual com ele.
Os dois lutadores têm um elo que pode causar um racha: o treinador Rafael Cordeiro, que trabalha com Wand desde os tempos da equipe Chute Boxe, no início de carreira, e vem treinando Tyson há pouco mais de um mês. Se o combate se concretizar, Wanderlei vai cobrar lealdade do amigo e mestre.
- Eu acho que treinar ele, tudo bem, mas não ia gostar se o mestre ficasse no córner dele. Eu não ia conseguir lutar com o mestre no córner do adversário, ia ser uma coisa muito difícil. O mestre está treinando ele porque eu estava sem luta, mas tomara que o mestre não quebre meu coração, tenho certeza que ele ia querer ficar comigo! (Risos) Pergunta para ele lá! Se não ficar comigo, está f! (Risos) - concluiu Wanderlei Silva.
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