Quantos profissionais no mundo podem dizer que trabalhou ao lado de dois dos principais nomes na sua área de atuação? Em breve, o rondonense Matheus Henrique, o Obina, será uma destas pessoas.
Titular no gol do Corinthians a partir da metade de 2018, quando Guitta, considerado por muitos o melhor goleiro do futsal brasileiro nos últimos anos, se transferiu para o Sporting, de Portugal, Obina, formado na base da Copagril Futsal e que chegou ao time paulista no início de 2017 para defender a equipe sub-20, se viu diante do maior desafio de sua breve carreira.
Mas demonstrando uma personalidade que carregam os grandes jogadores, o jovem goleiro rondonense não sentiu o peso de defender a meta de um dos maiores times do país e que conta com uma torcida fanática. Com atuações seguras, ganhou a confiança do técnico André Bié, e ao lado de craques consagrados, conquistou dois títulos diante da sua torcida, o da Copa do Brasil, no qual fez um golaço na vitória por 3 a 0 sobre o Joinville, e da Liga Paulista, contra o Magnus, que marcou a despedida das lendas Falcão e Vander Carioca das quadras. Na Liga Nacional, a maior decepção da temporada, parando nas quartas-de-final para o time que viria a ser o campeão, o Pato Futsal.
Com contrato renovado para 2019 com o Timão, Obina terá a companhia de ninguém menos que Tiago, campeão mundial pela seleção brasileira e sem dúvidas um dos maiores goleiros que o futsal já viu.
Para saber como foi essa temporada tão especial na breve carreira profissional de Obina, o site Olhonabola conversou com o jogador durante as férias que passa ao lado da família e amigos em Marechal Rondon. Confira:
Olhonabola: Obina, qual o balanço que você faz da temporada 2018, fechando o ano como titular e dois títulos com a camisa de um dos maiores times do país?
Obina: Minha análise da temporada de 2018 é muito positiva, na questão individual e também de forma coletiva. Conquistamos dois títulos em três campeonatos disputados e um rendimento muito positivo em cima do trabalho que fizemos durante o ano todo.
Olhonabola: Você chegou no Corinthians em 2017 para integrar o time sub-20. Poderia imaginar esse salto na carreira em tão pouco tempo?
Obina: Eu sempre levei comigo que as oportunidades iam surgir, então sempre trabalhei pra que quando surgisse eu estivesse o mais preparado possível. Claro que aconteceu de uma forma muito rápida, demorou um pouco pra cair a ficha, mas toda a comissão técnica e jogadores me deram o suporte necessário para que eu conseguisse encarar tudo de uma forma natural.
Olhonabola: E qual a sensação que um jovem atleta, como é seu caso, sente ao atuar ao lado de nomes consagrados do futsal, como Wilde, Vander Carioca, Deives, Murilo, Guitta entre outros?
Obina: Sensação é a melhor possível, e procuro sempre aprender com essas feras do nosso esporte.
Olhonabola: Você teve vários grandes atuações em 2018, mas podemos dizer que a final da Copa do Brasil contra o Joinville, com direito a um golaço, foi seu maior momento no ano?
Obina: Sim, sem sombra de dúvidas foi um momento único na minha carreira. Foi meu primeiro gol como profissional, e em uma final tão importante ainda.
Olhonabola: E o que passa na cabeça do jogador ao fazer um gol daquele e ser ovacionado por uma torcida tão marcante como a do Corinthians?
Obina: No momento você nem faz muita ideia do tamanho do acontecimento, mas foi um momento inesquecível, difícil de descrever.
Olhonabola: Uma curiosidade no seu ano também foi ter sofrido o último na carreira do Falcão. De que maneira você imagina ficar marcado por isso?
Obina: O Falcão é um monstro do nosso esporte, fico satisfeito em ter tido a oportunidade de jogar contra ele.
Olhonabola: E projetando 2019, o que esperar da equipe e especialmente do fato de atuar ao lado do Tiago, nada menos que um dos maiores goleiros da história do esporte?
Obina: Vai ser um ano de muito aprendizado novamente. Sou novo ainda tenho e muito que prender com esses caras experientes. É claro que esperamos que seja um ano de muitas conquistas.
fotos: arquivo pessoal e divulgação
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