A AAR (Associação dos Árbitros Rondonenses) vem a público, na pessoa de seu presidente, manifestar através dos meios de comunicação sua indignação para com a recente decisão da Junta Disciplinar da Liga Rondonense de Esportes, que optou por punir com apenas três jogos de suspensão o atleta Guilherme Pech de Souza, protagonista de uma injustificável ação anti-esportiva que culminou com grave agressão física ao árbitro da partida na final do Campeonato de Futebol Amador de Marechal Câdido Rondon de 2015.
Muito embora a decisão da Junta Disciplinar tenha sido pautada dentro das normas do CBJD, sua decisão branda de punir o referido atleta com apenas três jogos de suspensão é um irremediável estímulo à violência contra a arbitragem.
Não bastasse isso, a demora de mais de seis meses para presidir tal julgamento contribui para que outros atletas, dirigentes e torcedores experimentem uma sensação de descaso da entidade organizadora da competição para com os árbitros que a representam nessa competição. Esperava-se da Junta julgadora que o atleta, que foi pivô de uma grande confusão que resultou em agressão física na final de um campeonato municipal, no palco maior do futebol do município, que é o estádio Valdir Schneider, perante centenas de torcedores, fosse punido com a pena máxima prevista no CBJD, tornando tal punição um exemplo para os demais. Mas a punição de três jogos de suspensão permitirá ao referido atleta voltar a jogar a competição deste ano já a partir do quarto jogo pela equipe na qual está inscrito.
A AAR vê este cenário com tristeza e revolta. Salienta-se, embora todos já saibam, que os árbitros de futebol amador na grande maioria das vezes atuam em locais e jogos onde não está presente o policiamento, o que coloca sua segurança em risco, sendo que decisões frouxas para situações como esta em questão aumentam ainda mais o risco já existente.
No entendimento dos membros desta associação, o fato de não punir exemplarmente um atleta que agride um árbitro põe em risco todos os árbitros que atuam na competição e cria um perigoso precedente para o futuro do campeonato, bem como cria uma relativa sensação de impunidade que com certeza será observada pelos outros atletas participantes.
Por fim, a AAR informa que durante o campeonato deste ano estará manifestando publicamente seu descontentamento para com esta decisão, porém não trará nenhum tipo de prejuízo ou transtorno aos envolvidos na competição.
Respeitosamente,
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Paulo Beskow - Presidente da AAR