O título da 16ª Taça Paraná de Voleibol foi muito comemorado por Maiara Basso. A paranaense, natural de Palotina, que joga pelo Minas Tênis Clube (MG), teve participação fundamental na campanha irretocável que levou a equipe mineira ao lugar mais alto do pódio na categoria juvenil. Após conquistar pela segunda vez o título do maior torneio de voleibol da América Latina, ela já começa a fazer planos e traçar novos objetivos.
A vontade de praticar uma modalidade esportiva levou Maiara a conhecer o voleibol quando tinha 15 anos. Desde então, a sua carreira não parou de evoluir. “Em 2009, quando estava disputando a fase regional dos Jogos Escolares do Paraná, o Miro [Claudemiro Santos] me viu jogando e fez o convite para treinar com ele”. Apesar das dificuldades, a jovem central seguiu em frente.
“O início foi muito difícil. Nas primeiras semanas voltava para casa todos os dias, mesmo tendo que encarar uma hora de ônibus. Sentia muita saudade da minha família e dos meus amigos. Sem contar que a rotina de treinos era diferente. Eu treinava com as meninas quatro anos mais velhas”. Pensar em desistir, jamais. Foram quatro anos jogando pelas equipes do Colégio Martin Luther/Sicoob/Marechal Cândido Rondon, na base de muito trabalho.
Em 2014, recebeu o convite para disputar a Superliga B pela equipe de Cascavel. Logo em seguida, jogou a Taça Paraná de Voleibol por São José dos Pinhais, onde conquistou seu primeiro título na competição e também foi eleita a melhor atleta da categoria.
E foi durante a Taça que Anderson Rodrigues, campeão olímpico em 2004, na época técnico da equipe do Minas Tênis Clube, fez um convite que, novamente, mudaria o rumo da sua carreira. “Ele veio conversar comigo sobre a possibilidade de ir para Minas Gerais. Quando recebi o convite, conversei com os meus pais e decidi aceitar”.
Mudança e sonho realizado
Em 2015, Maiara Basso já estava residindo em Minas Gerias. Ela conta que demorou a se adaptar a nova rotina, mas que a vontade de jogar voleibol ajudou a superar todas as dificuldades. “No começo foi muito difícil me adaptar, pois estava mais de mil quilômetros da minha casa, longe da minha família, dos meus amigos e não era qualquer hora que poderia voltar, mas aos poucos fui acostumando”.
Com o tempo vieram outras mudanças. Acostumada a jogar de central, passou a atuar como ponteira. A rápida ascensão de Maiara era notável e logo passou a integrar o grupo que disputava a Superliga 2014/2015, onde participou da conquista da medalha de bronze. Neste ano, ela está indo para sua segunda temporada na competição nacional e espera poder contribuir ainda mais com o Camponesa/Minas Tênis Clube.
“Esse é meu segundo ano de Superliga. Isso é muito importante, pois várias meninas gostariam de estar no meu lugar. Estou tentando segurar ao máximo essa chance, trabalhando bastante e obtendo bagagem com as meninas mais velhas, que tem vários anos de superliga”, afirmou otimista.
Olimpíadas
Maiara Basso também pensa na possibilidade de representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020. O caminho será difícil, mas sabe que com muito trabalho e dedicação tudo é possível. “Será bem complicado, pois existe uma geração mais velha, com várias meninas que já foram citadas nessa olimpíada. Sei que a jornada será longa e muito difícil, mas nunca paro de sonhar”.
Assessoria de imprensa FPV
Thiago Paes