Considerado um dos árbitros mais jovens na competição, Douglas Lamp, ou simplesmente “Dodô”, impõe respeito quando entra em quadra para apitar as partidas do Campeonato Brasileiro de Seleções Sub-15 Feminino e Masculino, que está sendo disputado em Curitiba (PR). Com muita dedicação e seriedade, ultrapassou várias etapas para mesclar a experiência e juventude na sua carreira. Com apenas 23 anos, o jovem oficial compõe a lista de 54 árbitros que estão atuando na maior competição de base do basquete do país.
Para Dodô, a atuação da equipe de arbitragem tem influência direta na qualidade do jogo, especialmente em partidas das categorias de base. Estudar e aprimorar seus conhecimentos práticos e teóricos são atividades indispensáveis na vida do profissional.
“A atualização é essencial para o nosso desenvolvimento porque precisamos trabalhar a modalidade como um todo e também para o futuro da nossa arbitragem. Além disso, serve como uma espécie de reciclagem. No começo de 2014, em Salvador, fui habilitado a nível nacional e a partir daí só penso em alcançar lugares mais altos na minha profissão. O Campeonato Brasileiro de Base traz uma bagagem maravilhosa para nós que estamos começando. Acredito que o trabalho realizado nesse novo formato de competição só tem a agregar na nossa profissionalização”, disse Douglas.
Do interior do Paraná, na cidade de Marechal Cândido Rondon, para as quadras de basquete. Douglas foi apelidado pelos seus companheiros de trabalho carinhosamente por Dodô. O jovem contou como iniciou na profissão e os seus planos para o futuro.
“Quando apitei a minha primeira partida já sabia que ia ocupar outro lugar dentro das quadras. Eu era jogador e do nada me vi como árbitro. Fui fazendo os meus planos e conquistando novos desafios. Me habilitei como árbitro nacional no início de 2014 e hoje sonho com um lugar no quadro internacional. Estudo e me dedico para que bem em breve eu realize meu próximo sonho. Como todo e qualquer profissional penso muito além. Seria o maior prazer da minha vida estar nas quadras de uma Olímpiada ou num Campeonato Mundial”, enfatizou Dodô, que atua como árbitro nacional na LDB.
Com o objetivo de revelar não só atletas e técnicos para as Seleções Brasileiras, os Campeonatos Brasileiros de Base servem como aprendizado e experiência para os novos árbitros das categorias Regional e Nacional. Um dos objetivos da competição é mesclar os árbitros mais experientes com os mais jovens. Professor em quatro universidades do estado do Pará, Divaldo Souza, falou dos pontos positivos de atuar com profissionais mais jovens.
“É muito importante essa convivência no campeonato. A juventude e o vigor físico desses meninos nos estimulam a ter o mesmo desempenho. E também a juventude deles precisa da nossa experiência, da nossa maturidade, do bom senso e do equilíbrio. Porque existem situações em jogos que nós, veteranos, sabemos contornar de forma ponderada. E são essas ações que ajudam na hora deles tomarem as decisões. Nós somos um espelho e sempre procuramos refletir isso da melhor maneira possível”, explicou Divaldo.
Douglas que apita em média 20 campeonatos por ano, explicou que dividir as quadras do Brasileiro de Base com árbitros mais experientes agrega muitos valores em sua carreira.
“Eles são os nossos professores. Nos ensinam, orientam e estão ali para servir de exemplo. Trocar ideias mesmo que fora das quadras durante um campeonato e compartilhar as experiências, é uma aula e tanto. Essa mistura é necessária demais para a nossa formação”, finalizou o jovem.
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