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Em entrevista, Gadeia diz que passagem pela Copagril ‘abriu as portas para o mundo’

Postado em: 13/01/2015

Gadeia, ao lado dos pais, passa férias em São Lourenço do Oeste (SC), sua cidade natal.
  

De férias em São Lourenço do Oeste (SC), o ala Fabricio Bastezini, o Gadeia, concedeu uma entrevista exclusiva ao Portal Minutta, e falou da carreira, seleção e de seu futuro como jogador.

Minutta – Como você começou sua carreira de jogador?
Gadeia - Comecei em São Lourenço do Oeste nas categorias de base da associação, isso há mais de dez anos, com os professores Moacir Baesso, Marcelo Guidini e Joel Garcias. Comecei a treinar com eles. Hoje tenho 26 anos.

Minutta – Como foi sua passagem pelo Pato Futsal?
Gadeia - Joguei 2007 e 2008 e foi muito bom, um aprendizado muito bom também. Foi no Pato Futsal que surgiu o interesse de outras equipes. Joguei dois Campeonatos Paranaenses por Pato Branco e acabei me destacando, então tenho muito a agradecer ao Pato e a toda torcida da cidade.

Minutta – Qual foi o momento em que você teve certeza de que seria jogador?
Gadeia - Sempre gostei de futebol, sempre fui apoiado pelo pai e pela mãe e sempre, graças a Deus, consegui me destacar, etapa a etapa. Sempre joguei futebol, nunca trabalhei em outra área. Em Pato Branco eu conciliava o futebol com a faculdade. Fiz dois anos de Educação Física, mas que depois eu acabei trancando.

Minutta – Você já chegou a pensar em desistir da sua carreira?
Gadeia - Dificuldades sempre existem e muitos que ficam sozinhos pensam nisso, em largar. Mas com o apoio dos meus pais nunca pensei em largar, sempre aguentei firme.



Minutta – O time da Copagril, de Marechal Cândido Rondon, foi um divisor de águas na sua vida, não é mesmo?
Gadeia - Foram quatro anos bons, conseguimos um paranaense e chegar na final da Liga Futsal. O time era muito modesto quando cheguei. Eu acabei me destacando muito lá. Foi lá também que se abriram as portas para o mundo. Foram quatro anos bem felizes, com muitas alegrias. Fui pra Marechal porque estava no Pato, foi onde surgiu o convite.

Minutta – E a Espanha? Porque você ficou tão pouco lá?
Gadeia – Por vários anos o time da Espanha me procurou, e eu recusando, até que um dia a oferta foi muito boa. Em 2013 eu acabei indo, aceitando a proposta. O problema foi a crise financeira na Espanha. Eu joguei seis meses e depois vim pra casa. Quando chegou a hora de voltar. O clube queria reduzir muito o meu salário. A crise era muito grande. Foi quando eu acabei não aceitando, já que tínhamos acertado um valor anteriormente. Mas foi uma passagem importante, gostei muito e se tiver uma nova oportunidade, um dia quero voltar.

Minutta - Os comentários eram de que você não tinha de adaptado, teve isso?
Gadeia - Não, a adaptação foi boa, difícil por ser outro país, mas boa. O clube gostou de mim, queria que eu voltasse, mas teve a parte financeira e eu não quis reduzir muito meu salário.

Minutta – Teria feito algo diferente na época?
Gadeia - Teria ido antes. Acho que eu demorei pra ir e fui na hora errada, a crise estava instalada lá. Não tenho nada de arrependimento.

Minutta – Hoje você é o melhor jogador da Liga Futsal. Acredita que com isso terá mais chances na seleção brasileira de futsal?
Gadeia - A respeito da seleção, tem que estar bem, jogando bem. É um momento. Acho que não muda nada eu ser o melhor jogador da Liga, tem que ir bem em 2015 para que o Serginho (técnico) convoque.

Minutta – Já houve algum contato?
Gadeia - Acho que terei chance este ano na seleção, mas acho que tem que estar bem no clube, rendendo. Outra coisa: o Brasil tem muitos jogadores bons, não podemos dar mole, sempre ter responsabilidade. Este ano as coisas estão mudando muito no Orlândia, vai ser um ano difícil pra gente, saindo muitos jogadores. Mas tem que trabalhar, ter a cabeça boa também e focar nos objetivos.

Minutta - Você esperava vencer como melhor jogador e melhor ala?
Gadeia - Na verdade não. A gente trabalha pra isso, mas nem sabia da indicação. Os colegas do Orlândia que me falaram, fiquei sabendo bem depois. Mas, fico feliz, é um prêmio importante, pelo trabalho, pelo esforço. Nos dedicamos muito durante o ano, fico feliz de ter ganhado.

Minutta – O que vocês gostaria de conquistar dentro da sua carreira?
Gadeia - O Mundial pela seleção. Bati na trave no último. Espero estar no próximo e ganhar o título.

Minutta – E para 2015, houve um acerto com o Intelli/Orlândia?
Gadeia - Continuo no Intelli, renovei por mais dois anos lá. Estou bem, estou feliz, a cidade é muito boa e me acolheu quando eu voltei da Espanha, então sou muito grato ao Orlândia e fico mais duas temporadas.

Minutta – Você já esteve ao lado de Falcão em algumas oportunidades. Ele é ranzinza como falam?
Gadeia - A relação é muito boa, sempre me tratou muito bem. A gente jogou seis meses junto no Orlândia, e mais na seleção. É uma pessoa fantástica. Não aparece tanto, mas ele ajuda muitas pessoas, então eu tenho uma admiração muito grande por ele. E ele é assim (ranzinza) com quem xinga ele, então faz parte (risos). Ele é fantástico.

Minutta – O que você diria para todos os torcedores que te acompanham desde o início?
Gadeia – Só agradecer a todos que tem um carinho muito grande por mim. Eu percebo isso, até pela votação do melhor da Liga Futsal, houve uma mobilização grande pra votar, eu fico feliz e agradecido. Espero levar o nome de São Lourenço do Oeste enquanto estiver jogando. Tenho muito orgulho desta cidade.

Portal Minutta

Autor e foto: Angela Maria Curioletti

 
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