Na competição que fechou a temporada do basquete de base em 2021, a seleção paranaense sub-17 disputou na última semana a Copa Brasil de Seleções – Taça Cidade de Goiânia, e terminou na 2ª colocação.

Comandada pelo técnico rondonense Marcelo Goes, o Paraná venceu quatro partidas na 1ª fase, contra Espírito Santo (71 X 47), Tocantins (98 X 27), Distrito Federal (84x14) e Goiás (81 X 41). A única derrota foi para São Paulo, por 95 a 73. Na grande decisão, entre as duas melhores equipes da fase de classificação, novo revés diante dos paulistas, que segue dominando as categorias de base no país. É o que explica Marcelo Goes. “A avaliação da Copa Brasil é positiva, não apenas por ter ficado na 2ª colocação, mas por ter observado a evolução que o Paraná teve em relação a são Paulo. Guardadas as devidas proporções, jogar campeonatos de base contra São Paulo é mais ou menos como as demais seleções do mundo jogarem contra os Estados Unidos na Olimpíada ou Campeonato Mundial, então eu traçaria o mesmo paralelo. Atualmente a seleção dos Estados Unidos é muito forte, até desproporcional, mas algumas seleções já conseguem confrontar e equilibrar as partidas, e no nosso caso é a mesma situação. Há 10 ou 15 anos era impensável qualquer seleção estadual jogar contra São Paulo, a diferença era absurda, e hoje não, provamos isso dentro de quadra. Fizemos uma final bastante equilibrada, em um jogo que foi resolvido em detalhes. O placar de 83 a 71, apenas 12 pontos de diferença, reflete o que foi a competição”, avalia.

O treinador rondonense, que contou com três atletas da ACB/ Prefeitura de Marechal Rondon, detalha quais são as principais vantagens dos paulistas em relação às demais seleções. “A grande diferença está na parte física, os jogadores de São Paulo são muito maiores, até pela quantidade de atletas que têm para serem escolhidos no estado, muito maior que no Paraná. Além disso, eles têm maior volume de jogo, pois jogam muito mais durante o ano”, observa, fazendo questão de enaltecer a participação dos atletas paranaenses. “Os garotos estão de parabéns, fomos elogiados por toda organização por ter sido a única seleção a fazer frente e equilibrar o jogo contra São Paulo, mas ainda temos detalhes para trabalhar, evoluir, crescer, e isso vamos tirando com o passar do tempo. Os três garotos rondonenses, Flavinho, Guilherme e Cauê foram muito bem no torneio, produziram bem. Fechamos o ano com a medalha de prata e fico satisfeito com o que apresentamos em Goiânia. Agora é planejar 2022, esfriar um pouco a cabeça e recarregar a bateria para começar mais um ano de trabalho”, complementa Goes.