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Exclusivo: Rafhinha Domingues fala de sua nova vida em Nova York

Postado em: 13/03/2013

Rafhinha aproveita a folga para conhecer a cidade. fotos: arquivo pessoal
 

Juninho Pernambucano recebe no meio-campo e lança para o francês Thierry Henry, que domina, dribla o marcador e cruza para Rafhinha Domingues completar de primeira e fazer o gol da vitória do New York Red Bulls.

Este lance ainda não aconteceu, mas é muito possível que em breve um rondonense, no caso o atacante Rafhinha Domingues, realize o sonho de qualquer jogador: fazer um gol com passe de duas estrelas do futebol mundial.

Com 21 anos completados no dia 2 de março, o filho de João e Maria Elisabet e irmão de Viviane Domingues acaba de assinar contrato por uma temporada com o New York Red Bulls, equipe que disputa a Major League Soccer, a Liga Americana de futebol.

Sem dúvida este é um grande recomeço para o atleta, que voltará a jogar profissionalmente após a passagem frustrada pelo seu último time, o Foz Futebol Clube, onde sofreu uma fratura na fíbula durante a disputa da 2ª divisão do Campeonato Paranaense de 2012, na época emprestado pelo Toledo, e teve que ficar três meses parado.

Após se recuperar da lesão, Rafhinha passou um tempo treinando com as equipes de base da AACC para recuperar a forma física, e lá reencontrou seu primeiro treinador, Rubens Durks, com quem iniciou sua carreira na escolinha da SER Botafogo, de Marechal Rondon, no final da década de 1990. Além de jogar pelo alvinegro rondonense e também pela AACC, Rafhinha atuou pelo Coritiba, Paraná Clube e Atlético Sobradinho (RS) nas categorias de base, além de participações pelas equipes sub-18 do Borussia Dortmund, da Alemanha, e da seleção austríaca, país pelo qual também tem cidadania. No profissional, seu nome está muito ligado ao Toledo Colônia Work, onde jogou entre 2008 e 2013, tendo grandes momentos na equipe paranaense.

Enquanto se recuperava, Rafhinha aguardava alguma definição sobre seu futuro. O mais provável, segundo ele, era jogar em algum time de Santa Catarina. Mas quis o destino que, inesperadamente, Rafhinha fosse comunicado pelo seu empresário para que fizesse as malas rumo a Nova York, isso de um dia para o outro.

 

Assim que chegou aos Estados Unidos, demorou apenas um dia para que o rondonense marcasse seu primeiro gol com a camisa do New York Red Bulls, o da vitória por 3 a 2 no amistoso sobre o Malmö, da Suécia.

As boas atuações nos amistosos seguintes de pré-temporada lhe renderam um contrato por uma temporada com o clube nova-iorquino. Mas, como Rafhinha entrou nos Estados Unidos com visto austríaco, ele teve que voltar ao Brasil para acertar toda a documentação. No pouco tempo que teve para visitar a família em Marechal Rondon, o Olhonabola conversou com Rafhinha para saber como está sua adaptação na nova equipe e a chance de jogar ao lado de Juninho e Henry.

Confira a entrevista:

Olhonabola: Rafhinha, explique para o torcedor rondonense que acompanha sua carreira como aconteceu essa transferência para o New York Red Bulls, que pegou muita gente de surpresa, já que você negociava com algumas equipes aqui do Brasil?

Rafhinha: Meu empresário estava negociando com algumas equipes de Santa Catarina, uma do Rio Grande do Sul e também um clube na Alemanha. Confesso que a notícia que eu iria para o Red Bulls também me pegou de surpresa. Ele fez uma parceria com o empresário do Juninho Pernambucano, José Fuentes, que me mandou para o New York.

Olhonabola: Inicialmente, você foi para o New York para um período de testes, sem ter a certeza de que ficaria na equipe?

Rafhinha: A princípio era para ser um contrato de seis meses, mas como tudo deu certo acabei assinando até o final do ano, por uma temporada.

Olhonabola: Quanto tempo levou entre o momento que você soube do acerto com o New York até sua estreia na equipe, marcando o gol da vitória em um amistoso. Conte um pouco sobre como foi sua chegada e a recepção que você teve dos demais jogadores e comissão técnica.

Rafhinha: Recebi um telefonema do meu empresário no domingo dizendo que viajaria na segunda-feira. Mas só viajei na terça por disponibilidade de passagens. Cheguei na quarta-feira em Sarasota, na Flórida, aonde a equipe estava em pré-temporada, e treinei no mesmo dia. Na quinta-feira entrei no finalzinho do amistoso contra a equipe de Malmö FF, time que revelou o atacante sueco Ibrahimovic. Graças a Deus comecei com o pé direito e marcando o gol da vitória do NYRB.  A recepção dos jogadores foi normal, não tive muita conversa com eles a não ser os brasileiros Juninho e Digão, até pelo fato de não saber falar e nem entender o inglês.

Olhonabola: Um dos assuntos mais comentados sobre você em Marechal Rondon é a chance de poder jogar ao lado de grandes nomes do futebol mundial, especialmente o Juninho Pernambucano e o Thierry Henry. Fale um pouco de como tem sido seu relacionamento com estes jogadores nestas primeiras semanas.

Rafhinha: Está sendo ótimo, o Juninho é uma pessoa incrível, não é à toa que é um dos grandes ídolos do Vasco. Nós viramos bons amigos, ele me ajuda muito dentro e fora de campo, e é um ótimo piadista, dou muita risada com ele. Já o Thierry Henry não tenho o mesmo contato até pelo fato de não conseguir me comunicar com ele, consigo conversar quando o Juninho está junto, pelo fato deles falarem francês. Engraçado é o Henry cantando a música “Normal, mamãe passou açúcar em mim”. (risos)

Olhonabola: Mesmo eles sendo jogadores em final de carreira, o quanto você acredita que poderá aprender jogando ao lado destes craques?

Rafhinha: Acredito que por eles estarem em final de carreira, seja melhor para eu ganhar experiência. Até pelo fato deles estarem muito mais maduros e darem muitos conselhos, tanto dentro, quanto fora de campo. Como citei ali em cima, Juninho e o irmão do Kaká, o Digão estão me ajudando muito.

Olhonabola: Depois que sua documentação estiver regularizada, você acredita que poderá ser em breve titular no ataque do Red Bulls ou ainda terá que esperar um tempo para que isso aconteça? Já teve alguma conversa com o técnico Mike Petke com relação a isso?

 

Rafhinha: Vou ter que esperar um pouco, até por que o técnico Mike Petke não me conhece muito bem. Vou ganhar oportunidades de jogar durante o campeonato, aí só vai depender de mim para ser titular ou não.

Olhonabola: Como tem sido sua adaptação a Nova York? Não é preciso dizer que a realidade a que você estava acostumado aqui em Marechal Rondon é totalmente diferente.

Rafhinha: Realmente cidades totalmente diferentes. Um bairro em Nova York dá o tamanho de Rondon. Não tive muito tempo de sair, por que a equipe estava em pré-temporada, primeiro em Sarasota, na Flórida, e depois em Tucson, no Arizona. Fui algumas vezes no grande e tão falado centro de Nova York, é impressionante.

Olhonabola: Fale um pouco de como é sua rotina diária. Onde está morando, como são os treinos, em quantos períodos, tem acompanhado o time nos jogos fora de casa, o que faz nas horas livres...

Rafhinha: Minha rotina não está muito agitada. Estava ficando em um hotel, até pelo fato de eu não estar com o visto no passaporte pronto, então eu não podia ser inscrito na Major League Soccer. Assim que eu voltar pra lá vai ficar tudo mais tranquilo, irei morar em um apartamento ou em uma casa, ainda não sei bem certo. Não acompanhei o time nos jogos fora de casa, o primeiro eu estava nos Estados Unidos, mas o jogo foi do outro lado do país, e no segundo jogo do campeonato eu estava no Brasil resolvendo os negócios do meu visto. Nas horas livres eu converso muito com a família, fico na internet e procuro dar algumas voltas pela cidade pra conhecer. Tive um final de semana que deu para visitar o centro de Nova York, a Time Square. Precisa de muito tempo pra conseguir ver vários lugares turísticos, tem muitos e são enormes. Mas um lugar que tenho muita vontade de conhecer é aonde eram as torres gêmeas (World Trade Center). Consegui ver de longe, é muito lindo.

Olhonabola: Como está sua situação com a seleção austrícaca? Tem mantido algum contato com o pessoal de lá a respeito de uma possível convocação?

Rafhinha: Sim, tenho contato, até o gerente da equipe profissional me mandou um e-mail dizendo que agora estaria de olho nos jogos do New York Red Bulls. Tenho muito mais chances de ser convocado agora do que quando estava no Toledo.

 

 
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