Há exatamente dois meses, Marquinhos Xavier deixava Marechal Rondon e seguia rumo a Carlos Barbosa (RS), após aceitar o convite feito para comandar o time de futsal mais tradicional do país e um dos mais respeitados em todo o mundo, com uma vasta galeria de títulos nacionais e internacionais.
E quis o destino que logo na 4ª rodada da Liga Futsal 2014, Xavier retornasse a Marechal Rondon para enfrentar a Copagril/ Sempre Vida, equipe à qual terá seu nome eternamente ligado por ter sido técnico em mais de cinco temporadas e ter participação direta nas principais conquistas do time rondonense: o bicampeonato da Chave Ouro em 2009 e 2013 e o 2º lugar na Liga Futsal 2010.
O duelo entre Copagril e Carlos Barbosa acontece neste sábado (26/07), às 17h, no ginásio Ney Braga, em meio às festividades em comemoração aos 64 anos de Marechal Rondon. As duas equipes estão separadas por apenas dois pontos na tabela. Enquanto a Copagril é 5ª colocada, com seis, o gaúchos ocupam a 8ª colocação, com quatro.
Agora como treinador da ACBF, Marquinhos Xavier falou com o site Olhonabola sobre sua adaptação ao novo clube e o que está esperando para o confronto de sábado. Confira:
Olhonabola: Marquinhos, como foram esses dois meses à frente do Carlos Barbosa? Já está totalmente ambientado ao clube e à cidade?
Marquinhos Xavier: Muito intenso, como já esperava! Posso lhes dizer que todos os dias estão sendo de grande desafio e aprendizado, a estrutura do clube é quase utópica para o futsal, o que eleva sempre as responsabilidades e a pressão por resultados. Me sinto já muito ambientalizado e adaptado ao clube e a cidade. Gosto de organização, de metas e principalmente de gestão esportiva e a ACBF tem isso, com certeza estou aproveitando muito essa oportunidade de aprendizado e crescimento na minha vida profissional.
Olhonabola: Quais diferenças você pode citar entre comandar a ACBF, time mais tradicional do futsal brasileiro, e a Copagril, que você conhece tão bem? A pressão por resultados é a mesma?
Marquinhos Xavier: A Copagril segue modelos e princípios semelhantes, preza pela imagem da empresa que a administra, pela organização e também tem metas sempre muito ousadas, talvez o diferencial é o tempo que cada uma tem dentro do futsal. A ACBF possui quase quatro décadas de história e isso lhe dá o status de equipe consolidada, por este motivo e pelas conquistas que já obtêm nacionalmente e mundialmente, ser uma equipe Bicampeã Mundial aumenta consideravelmente o grau de exigência. Somos sempre muito cobrados a bons rendimentos e claro, nossa pressão é sempre grande, proporcional às condições que nos são dadas, ou seja, tudo é naturalmente na medida.
Olhonabola: A ACBF começou tropeçando em casa na Liga, mas já reagiu com uma goleada for de casa, enquanto a Copagril venceu as duas primeiras e perdeu em Cabo Frio. Você acha que nesta 1ª fase a maioria das equipes terão esses altos e baixos?
Marquinhos Xavier: Isso é a Liga Nacional, feita de sucessos e fracassos. O início da competição é marcada por muitas dificuldades, todos estão vivos até a metade da competição, quando alguns já sem força para seguir acabam baixando muito o nível e aí os demais, cuja obrigação é maior, acabam efetivando seus favoritismos. Tanto a ACBF quanto a Copagril passaram por mudanças no comando e toda mudança exige tempo, aos poucos quem as comanda vai dando sua forma e característica, resultados positivos e equilíbrio serão questão de tempo para as duas equipes (é o que EU acredito).
Olhonabola: Você está ansioso por voltar ao Ney Braga no sábado? Quais suas expectativas para este duelo, tanto dentro de quadra, como fora, no que diz respeito a rever o torcedor que tanto te apoiou nos últimos cinco anos?
Marquinhos Xavier: Ansioso não, estou feliz por retornar aqui tão cedo. Faz exatamente dois meses da minha saída e ainda mantenho vivo o carinho por todos e uma sensação de dever cumprido. O jogo será um capítulo à parte, um encontro de duas equipes que já protagonizaram grandes duelos, o playoff da Liga em 2009 e a final da Superliga de 2011 são os mais lembrados, pelo menos na minha memória. Então, acredito que assim será o confronto novamente. Como sempre ocorreu, será um prazer ‘enfrentar’ novamente o PC, ao qual devo dizer da satisfação. Enfrentar meus ex-atletas e companheiros de trabalho e é claro reencontrar a torcida e os grandes amigos que aqui cultivei. Será inevitável não manifestar o meu desejo competitivo e a busca por um bom resultado. Tenho certeza que será um grande jogo.