Parece que o ser humano já vem com uma espécie de programação genética com relação à competitividade. Na infância, o impulso de disputa aparece quando surgem os desafios para ver quem é o mais veloz, o mais forte ou o mais bonito. Quando a adolescência chega, os modismos mudam o formato, mas a competição continua. O vencedor agora é quem já aparenta ser um adulto. Quando chega a juventude a disputa sofre nova mutação.
Agora é a necessidade de se afirmar como uma pessoa madura e questionadora, que provoca nas pessoas uma análise crítica sobre o comportamento da sociedade. Os sonhos e a visão de que tudo é muito simples e que são os mais velhos que gostam de complicar as coisas fazem com que os jovens desafiem tanto a sociedade quanto a si mesmos. O que há em comum em todas essas fases? Simples: a necessidade de se estar à frente dos adversários. Perceba que há dois critérios básicos em qualquer modelo de competição que se forma naturalmente na sociedade.
O primeiro é que, obrigatoriamente, para que exista um vencedor é necessário que alguém perca. Logo, não se admite o compartilhamento do sucesso. O raciocínio é: “para que eu ganhe, alguém tem que perder”. O segundo conceito é que na disputa pura e simples ganha o “menos” pior e não necessariamente o melhor.[1]
Libertadores
Agora só resta o Atlético Mineiro como representante brasileiro no torneio. E diga-se de passagem que foi por pouco também. O árbitro teve muita coragem ao marcar um pênalti para o Tijuana nos acréscimos, ainda bem que o goleiro Vitor segurou a barra, porque na arquibancada a choradeira já era grande. Esse jogo mostrou que o CAM não é tão favorito assim e, muitas vezes, usa e abusa dos chutões em seus jogos.
Municipal 2013
É interessante ver como as equipes estão se preparando. Acontecem no município vários amistosos, e os mais entendidos apontam o E.C. São Remo como franco favorito ao título. Este favoritismo todo se dá basicamente por ter mantido a mesma base do ano passado e complementado bem o elenco para esse ano. No entanto, jogar como favorito é ter que provar a condição a cada rodada. Se estiver preparado de verdade para os holofotes será fácil, senão é correria como todo mundo. Corinthians, AABB e Sigilus não devem ser ignorados, o restante correm por fora. Domingo acontece o Torneio Início e lembro as palavras do Toninho, no ano passado: “Nunca vi campeão de Torneio Início ganhar o campeonato”. Ele, como técnico da AABB, estava certo no ano passado, mas se isso é uma regra, pode ser quebrada a qualquer tempo.
Um abraço a todos e que Deus nos abençoe!
Autor: Mário Kennedi Ferrari
[1]http://www.planetanews.com/news/2006/10663